quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Abertura do Ano Letivo - 2015 - Formação Continuada






A história da humanidade nos possibilita o entendimento das lutas de cada povo, nos seus territórios específicos, para garantir o direito à educação aos seus concidadãos.
No Brasil, de forma particular, destacamos o movimento dos educadores que culminou com o Manifesto dos Pioneiros da Escola Nova, em 1932, que traziam nos seus ideários a defesa da laicidade do ensino, e a expansão do sistema educacional para as camadas populares. Este momento da história republicana do nosso País coincidia com os processos de urbanização e industrialização do centro sul e sudeste. Resta entendido que os escravos recém-libertos dos eitos e os imigrantes das fazendas de café, demandavam por um saber escolarizado para fazer frente à nova realidade econômica em curso.
De forma mais recente, nos inserimos nessa luta histórica, como atores individuais e coletivos, para demarca os esforços da gestão atual e de todos trabalhadores em educação do nosso município para garantir o direito humano à educação para todos os filhos e filhas santacruzenses.
Nesse sentido, é que defendemos a educação enquanto processo de humanização do humano, ou seja, não nascemos humanos, tornamo-nos humanos à medida que somos educados.
Dentro do nosso processo de humanização, torna-se urgente a defesa dos direitos difusos e, dentre eles, neste momento, trazemos para discussão o direito humano ao ambiente salubre, destacando a importância dos processos educativos para reeducar as relações de homens e mulheres com a natureza. Contudo, entendemos que repensar os processos educativos com base no princípio da sustentabilidade socioambiental implica em chamar para cada um e cada uma de nós o compromisso com o processo de desenvolvimento, que tenha o desenvolvimento humano como a matriz fundante de todas as demais formas de desenvolvimento.
Também ainda destacamos que pensar e agir de forma sustentável é reafirmar, no cotidiano, que o desenvolvimento econômico encontra limites na preservação ambiental.
Ademais, esclarecemos que em reunião com a equipe gestora e coordenadores pedagógicos, foram apresentados pela Secretaria Municipal de Educação, cinco temas, com foco na Educação Ambiental, para que fosse escolhido um para tematizar o ano letivo. Após as discussões foi escolhido o tema: O pensar local e o agir global: onde nos encontramos?! Com essa temática objetivamos emancipar os sentidos de educadores e educandos para o desvelamento da realidade na busca por um mundo possível, em um processo no qual todos e todas se comprometam com o mundo. Destacamos a necessidade de cada um de nós, nas nossas ações cotidianas, reforcemos a ideia de que qualquer mal que o ser humano praticar contra a natureza se reverte contra ele mesmo. Chamamos a atenção que discutir a Educação Ambiental é trazer à tona o direito ao meio ambiente como um direito humano difuso, e que pensar de forma sustentável nos impõe deixar às gerações futuras um ambiente melhor ou igual ao que recebemos da geração passada.
Para proferir a palestra de abertura, convidamos o Professor, ambientalista e militante de movimentos sociais Mauricio Dália, a quem agradecemos pela presença, que irá discorrer sobre a temática - Educação Ambiental: currículo e transversalidade, com objetivo de discutir a implantação e implementação das Diretrizes Nacionais para Educação Ambiental na Educação Básica, destacando os princípios pedagógicos da transversalidade, da interdisciplinaridade e da contextualização na perspectiva da construção do currículo.
O Professor Juarez da Silva Thiese, no Artigo A interdisciplinaridade como um movimento articulador no processo-ensino-aprendizagem, destaca que a abordagem interdisciplinar [...] não põem em xeque a dimensão disciplinar do conhecimento [...]. O que se propõe é uma profunda revisão do pensamento, que deve caminhar no sentido da intensificação do diálogo, das trocas, da integração conceitual e metodológica nos diferentes campos do saber.
Com a discussão da temática pretendemos contagiar corações e mentes, para que no curso do ano letivo, possamos sensibilizar nossos estudantes para ações proativas, visando ao processo arborização da nossa cidade. Sendo assim, se conseguirmos que cada estudante plante e cuide de uma árvore teremos, de certo, uma baixa verde cada dia mais verde. 











Professor, ambientalista e militante de movimentos sociais Mauricio Dália.

Luciana Vieira DEmery, Diretora Executiva da Revista ACENE - EDITORA E DISTRIBUIDORA DE LIVROS LTDA-ME.

 

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