A história da humanidade
nos possibilita o entendimento das lutas de cada povo, nos seus territórios
específicos, para garantir o direito à educação aos seus concidadãos.
No Brasil, de
forma particular, destacamos o movimento dos educadores que culminou com o
Manifesto dos Pioneiros da Escola Nova, em 1932, que traziam nos seus ideários
a defesa da laicidade do ensino, e a expansão do sistema educacional para as
camadas populares. Este momento da história republicana do nosso País coincidia
com os processos de urbanização e industrialização do centro sul e sudeste. Resta
entendido que os escravos recém-libertos dos eitos e os imigrantes das fazendas
de café, demandavam por um saber escolarizado para fazer frente à nova
realidade econômica em curso.
De forma mais
recente, nos inserimos nessa luta histórica, como atores individuais e
coletivos, para demarca os esforços da gestão atual e de todos trabalhadores em
educação do nosso município para garantir o direito humano à educação para
todos os filhos e filhas santacruzenses.
Nesse sentido, é
que defendemos a educação enquanto processo de humanização do humano, ou seja,
não nascemos humanos, tornamo-nos humanos à medida que somos educados.
Dentro do nosso
processo de humanização, torna-se urgente a defesa dos direitos difusos e,
dentre eles, neste momento, trazemos para discussão o direito humano ao
ambiente salubre, destacando a importância dos processos educativos para
reeducar as relações de homens e mulheres com a natureza. Contudo, entendemos
que repensar os processos educativos com base no princípio da sustentabilidade
socioambiental implica em chamar para cada um e cada uma de nós o compromisso
com o processo de desenvolvimento, que tenha o desenvolvimento humano como a
matriz fundante de todas as demais formas de desenvolvimento.
Também ainda
destacamos que pensar e agir de forma sustentável é reafirmar, no cotidiano,
que o desenvolvimento econômico encontra limites na preservação ambiental.
Ademais,
esclarecemos que em reunião com a equipe gestora e coordenadores pedagógicos,
foram apresentados pela Secretaria Municipal de Educação, cinco temas, com foco
na Educação Ambiental, para que fosse escolhido um para tematizar o ano letivo.
Após as discussões foi escolhido o tema: O pensar local e o agir global: onde nos
encontramos?! Com
essa temática objetivamos emancipar os sentidos de educadores e educandos para
o desvelamento da realidade na busca por um mundo possível, em um processo no
qual todos e todas se comprometam com o mundo. Destacamos a necessidade de cada
um de nós, nas nossas ações cotidianas, reforcemos a ideia de que qualquer mal
que o ser humano praticar contra a natureza se reverte contra ele mesmo.
Chamamos a atenção que discutir a Educação Ambiental é trazer à tona o direito
ao meio ambiente como um direito humano difuso, e que pensar de forma
sustentável nos impõe deixar às gerações futuras um ambiente melhor ou igual ao
que recebemos da geração passada.
Para proferir a
palestra de abertura, convidamos o Professor, ambientalista e militante de
movimentos sociais Mauricio Dália, a
quem agradecemos pela presença, que irá discorrer sobre a temática - Educação Ambiental: currículo e
transversalidade, com objetivo
de discutir a implantação e implementação das Diretrizes Nacionais para
Educação Ambiental na Educação Básica, destacando os princípios pedagógicos da
transversalidade, da interdisciplinaridade e da contextualização na perspectiva
da construção do currículo.
O Professor
Juarez da Silva Thiese, no Artigo A
interdisciplinaridade como um movimento
articulador no processo-ensino-aprendizagem, destaca que a abordagem
interdisciplinar [...] não põem em xeque a dimensão disciplinar do conhecimento
[...]. O que se propõe é uma profunda revisão do pensamento, que deve caminhar
no sentido da intensificação do diálogo, das trocas, da integração conceitual e
metodológica nos diferentes campos do saber.
Com a discussão
da temática pretendemos contagiar corações e mentes, para que no curso do ano
letivo, possamos sensibilizar nossos estudantes para ações proativas, visando
ao processo arborização da nossa cidade. Sendo assim, se conseguirmos que cada
estudante plante e cuide de uma árvore teremos, de certo, uma baixa verde cada
dia mais verde.
Professor, ambientalista e militante de
movimentos sociais Mauricio Dália.
Luciana Vieira DEmery, Diretora Executiva
da Revista ACENE - EDITORA E DISTRIBUIDORA DE LIVROS LTDA-ME.
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